A FORMA QUE PERCEBEMOS A QUALIDADE DO NOSSO SOFTWARE DEPENDE DAS NOSSAS TENDÊNCIAS INCONSCIENTES
Ao auxiliarmos nossos clientes a aprimorar seus processos de Qualidade sempre nos deparamos com ignorância sobre qualidade (não me refiro a estupidez, nem a algo intencional, mas simplesmente à falta do conhecimento correto) e muito ceticismo (mesmo após demonstramos via métricas e indicadores o real (muitas vezes bom) estado da qualidade) quanto à necessidade e viabilidade.
Muitas vezes presenciamos que, mesmo após aumentar o conhecimento sobre Qualidade e demonstrar a Qualidade via métricas e comparar com indicadores internacionais de qualidade – algo que todos acham o máximo – os Clientes voltavam a trabalhar como sempre fizeram (e é óbvio que isto não irá gerar resultados diferentes!).
Porque pessoas inteligentes, capacitadas, experientes e capazes apresentam este comportamento?
É como se as pessoas apresentassem uma tendência inconsciente que sempre puxa para a dramatização, o exagero, a generalização, a descrença, a ilusão, entre outros. Estas tendências atrapalham e dificultam o processo de aprimoramento da Qualidade nos prendendo em hábitos pouco arraigados e pouco performantes (preferimos o conforto do conhecido (mesmo que falso) ao percebido risco da novidade, mesmo que verdadeiro).
É como na conhecida ilusão
Müller-Lyon onde uma linha parece maior do que a outra apesar de ambas serem rigorosamente de mesmo comprimento:
Nesta série de posts apresentarei e comentarei cada uma destas Tendências ou “vieses de percepção” aplicados a Qualidade de Software e como elas podem atrapalhar nossa percepção da mesma, tanto para pior quanto para melhor.
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